Da vida, essa efêmera e
contraditória experiência sem sentido prévio ou finalidade. Onde o pouco que se
ganha está destinado a perder. Fantasma não tem bolso. O importante é cultivar uma memória-espírito aderente aos detalhes. Exercitar uma imaginação incisiva, expansiva de tons e texturas. Lembrar e
montar as lembranças como um filme, as melhores Histórias de rir e chorar. Salientando
o gozo secreto que se esconde nos instantes mais comuns. Um beijo, uma palavra,
o trago de alguma coisa. E sempre imaginá-las mais, recordá-las mais, mais profundas, mais
certas, mais vivas e mais reais que o real. Tantas vezes mais, que toda a dor
nas margens do esquecimento se torna aceitável. E depois vem o retorno, o
eterno retorno....
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