O sol nasce
emburrado e a Terra só gira por obrigação. Adeus tempo livre, chegou o tempo
escravidão. Abro os olhos de concreto e levanto ainda com gosto de domingo na memória.
Visto-me de função para encarar a labuta desse cotidiano mandão. Viro mais uma
peça do sistema, gira engrenagem meio enferrujada. Toca o sinal, bate cartão, o
relógio se impõe contra o desejo. O corpo se transforma em máquina, tempo é
dinheiro. Resisto, reclamo, cuspo canivete! Aguardo um tempo de revolução, onde
o trabalho, enfim, não seja mais opressão.
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